NOTA BIOGRÁFICA DO ARTISTA

Autodidata. "Omar Franco pertence àquela categoria de artistas para hoje em dia, a dos bons desenhistas. Obra bem estruturada e seguro naquilo que faz, criou uma plasticidade própria, personalizada, de grande densidade dramática. Pretos e brancos se fundem numa perspectiva inexistente com atmosfera sombria, enigmática, sonâmbula, quase sempre desprovida de referências concretas. Avesso aos modismos, sua composição é rigorosa e marcante, suas figuras frias e belas sugerem uma ausência total de vontade própria. Parecem seres que, desprovidos de alma, se comportam como esculturas de sal, sem a menor chance de futuro. Sem membros e sem cérebro, elas nos remetem a insignificância eterna do ser como indivíduo, num mundo globalizado, justificado mais pela sua riqueza do que pela sua humanidade. Nos encontramos no avesso das coisas, o anti-renascimento, o homem como objeto mutilado, escória do universo. Vivemos num período obscuro de transição, onde muitos esforços são dispensados em favor de uma contemporaneidade imediata, vazia de espiritualidade e imaginação. Resta ao artista apenas produzir e produzir, alimentando o velho sonho de que alguma coisa deva ser resgatada na escuridão nem que seja uma sombra de esperança, que possa alimentar e animar as gerações que nos sucedem." (Peroba, Brasília/DF, 1998.)

INTERNACIONAIS

1986	Instituto Cultural Cabañas e Galeria San Raphael (ambos no México)

PRÊMIOS

1981	Menção Honrosa no III Salão Naval de AP, no Ministério da Marinha