NOTA BIOGRÁFICA DO ARTISTA
"Extraordinária a qualidade do traço e
da técnica que Cláudio usa, com grande maestria, por não realizar somente
personagens de um mundo burguês, mas também a ironia afiada e uma crítica
sarcástica, com a mesma intensidade e a mesma intenção de um
Toulouse-Lautrec, quando representa o vazio do mundo dos cabarés de
Paris." (Arcangelo Francavilla, 1998). "... Psicanalista atualmente,
Castelo constrói seus retratos como cenários para revelar máscaras e
eventualmente, através de pequenos e sutis detalhes, sugerir entranhas que
emergem de dentro das pessoas. O artista exibe personagens à procura de
cores, formas, texturas e contornos que os possam definir. Dessa busca, as
pinturas do artista tornam-se lente fotográficas contaminadas com uma idéia
fixa ou uma sensibilidade específica: materializar o aspecto mais mundano do
ser humano, acusar um olhar narcisista, revelar poses, apontar para os
artifícios e os jogos de sedução que costumanos jogar socialmente. Nesse
momento, os pincéis do artista parecem transvertir-se com o foco das câmeras
paparazzi. Mas o interesse de Cláudio Castelo não são as
celebridades. O artista, com sua alma psicanalítica e sua postura de
inveterado observador ao gosto proustiano, olha para o passado e para o
presente em busca de um tempo imaginário, em que as pessoas comuns que se
reinventam com glamour forjado, cheio de cores. A essas pessoas, o artista
oferece um fundo vermelho, verde ou azul, uma composição dramática
possibilidade de teatralização que os resgataria de um tedioso
anonimato...". (Katia Canton PhD em crítica de arte pela
Universidade de Nova York, é docente e curadora do MAC da USP e da revista Bravo)
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